O índice de inadimplência dos mutuários assistidos pela Gestão Pós-Morar (GPM) – programa realizado pela Cohab Minas em convênio com as prefeituras – tem reduzido muito nos municípios onde foram entregues conjuntos habitacionais comercializados já na vigência do novo programa. Instituído em agosto do ano passado, o GPM visa, dentre suas principais ações, evitar a inadimplência no pagamento das prestações.
Em relação aos índices de inadimplência nos contratos anteriores, que variavam entre 15 e 20%, os percentuais atuais são mínimos. Conforme apontam as planilhas de arrecadação elaboradas pela Gerência de Negociação e Arrecadação e enviadas à Gerência de Comercialização (GCM), que coordena a Gestão Pós-Morar, os mutuários de conjuntos habitacionais de 60 municípios não incidiram, nos meses de setembro e outubro, em qualquer inadimplência: situação caracterizada quando o atraso no pagamento supera três prestações.
Naqueles dois meses, dos 1.902 novos contratos de financiamento habitacional, no âmbito da parceria do Lares Geraes Habitação Popular com o Minha Casa, Minha Vida, 1.873 foram pagos com total pontualidade. Apenas 22 atrasaram um mês; cinco, dois meses; e dois, três meses.
Em novembro, a carteira aumentou para 3.235 contratos, e o número de municípios passou para 98. Mesmo com esse crescimento, o índice de inadimplência foi de apenas 0,15%. Do total, 3.141 mutuários pagaram as prestações com pontualidade, enquanto 71 atrasaram um mês; 12, dois meses; seis, três meses; e cinco mais de três meses, ficando, pois, inadimplentes.
GPM
A coordenadora do Pós-Morar, a gerente da GCM Luciana de Almeida, e a assistente social Salete de Oliveira, lotada na mesma gerência, atribuem os altos índices de pontualidade ao trabalho educativo feito pelo programa, por intermédio das assistentes sociais dos municípios e com a supervisão do pessoal da GPM na Companhia.
A cada comercialização de conjunto, é feita uma palestra e distribuído um folder informativo sobre os direitos e deveres do mutuário. Também é enfatizada a importância de os mutuários serem pontuais, não só em seu benefício – aquele que paga em dia recebe desconto nos juros da prestação com o Bônus de Pontualidade -, mas também das famílias de baixa renda que desejam ter acesso à casa própria.
Com o pagamento das prestações, o Fundo Estadual de Habitação é realimentado, possibilitando a construção de novas moradias para futuros mutuários. As assistentes sociais das prefeituras desempenham importante papel, ao monitorarem de perto o cumprimento das obrigações contratuais pelos mutuários.
“Os mutuários estão ligados na pontualidade e no bônus. Quando têm algum problema para pagar a prestação, quase sempre procuram a assistente social, que transmite a orientação da Cohab. Assim, o mutuário fica sabendo, por exemplo, o que fazer para tirar a segunda via do boleto da sua prestação”, conta Salete.