Cohab Minas entrega casas a 50 famílias de Camanducaia

A Cohab Minas entregou, nesta quinta-feira, dia 12, mais 50 casas populares construídas com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida 2 e do Governo de Minas, em parceria com a prefeitura de Camanducaia. A solenidade, realizada no Centro Cultural, teve a presença do presidente da Cohab Minas, Claudius Vinícius Leite Pereira; do prefeito Edmar Cassalho; de vereadores e secretários municipais.

O presidente Claudius Vinícius falou da alegria de conhecer a cidade e poder atender às famílias mineiras. “Gostei muito da forma como fui recebido na cidade e gostaria de cumprimentar o povo, porque uma cidade não é feita só de autoridades; são vocês que fazem da cidade o que ela é”, disse. O presidente também lembrou da importância de atender bem as famílias mineiras e falou de sua missão à frente da Cohab. “O governador Fernando Pimentel me deu a tarefa de construir 150 mil casas. É um grande desafio! Minas Gerais, segundo as estimativas, precisa de 500 mil unidades para atender toda demanda”, afirmou Claudius.

Ao parabenizar as famílias que vão morar no Conjunto Habitacional Recanto Nova Jaguary II, o prefeito Edmar Cassalho falou da sua satisfação. “Para mim, é um orgulho participar do momento em que essas famílias terão a casa própria e ficarão livres do aluguel. Sejam felizes e que essa conquista seja um momento marcante na vida de vocês”, disse.

Mudança de Vida

Na primeira hora após a inauguração, o movimento no Conjunto Recanto Nova Jaguary II já havia começado. Saídos da cerimônia de entrega das chaves, muitos mutuários se dirigiram ao conjunto para visitar suas novas casas. Alguns deles já chegaram armados com balde, pano, rodo e vassoura. Luzia Vaz de Lima Freire, 36, foi uma delas (foto). Casada com Laércio da Costa Freire e mãe de dois filhos de 17 e 9 anos, a empregada doméstica foi direto ao conjunto fazer a primeira limpeza de sua nova casa. Ao marido Laércio coube outra tarefa. Enquanto a esposa preparava a nova casa, Laécio estava na casa antiga carregando o caminhão para a mudança. “Eu sempre morei de aluguel. Em 15 anos, morei em sete casas diferentes”, lembrou Luzia. “É uma bênção de Deus! É difícil pagar por uma coisa que não é da gente. Agora vou pagar o que é meu”, comentou a moradora, que deixa para trás o aluguel de R$350 para ocupar sua casa no novo conjunto de Camanducaia.

Quem também viverá dias mais tranquilos é Arlinda Silva, 62. Mãe de cinco filhos, ela não tem muitos dias de descanso desde que se separou do marido, há mais de 26 anos. Morou de favor na casa de um irmão e em muitas outras casas com estrutura precária. Os filhos estão criados e moram em Itapeva, Ponte Nova e Monte Verde, distrito de Camanducaia, mas ela ainda tem uma criança em casa. A filha mais nova, Valéria, 26, é deficiente física e necessita de atenção constante. Foi entre os cuidados dados à filha que ela lembrou das situações difíceis que enfrentou na vida. “Morei em uma tapera na beira do rio, dormi no chão”, contou. Hoje, as duas vivem da aposentadoria de Valéria. A renda de um salário mínimo serve para pagar o aluguel de R$250, água, luz e para comprar leite, fraldas e remédios para Valéria. Tudo que falta elas recebem de vizinhos, amigos e da prefeitura. O semblante sério e cansado de dona Arlinda só esboçou um ar de sorriso ao falar da casa nova. A futura residência, no Recanto Nova Jaguary, será um alento para dona Arlinda.